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10/09/2020

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Setembro amarelo': como identificar sinais que podem levar ao suicídio desde a infância

Quase 800 mil jovens e adultos morrem por suicídio todos os anos, segundo a Organização Mundial de Saúde. Psicóloga explica como identificar problema

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Este mês que se inicia é conhecido como “Setembro Amarelo”, pela campanha de prevenção ao suicídio de jovens e adultos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), quase 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. Essa é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, ficando atrás apenas de acidentes de trânsito. Neste ano atípico, a preocupação com esse tema é ainda maior, visto que muitas famílias estão em casa há quase seis meses, devido às medidas de isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus.

"Estamos privados de encontrar as pessoas que amamos, nossa vida social está limitada, nossos hábitos alimentarem pioraram e quem praticava atividade física teve que reduzi-la ou modificá-la", comenta a psicóloga Patrícia Nolêto, de Belo Horizonte. Ela diz ainda que o lazer também mudou e, no geral, as pessoas estão passando mais tempo online. "Isso significa que nosso ambiente provavelmente não está favorável ao bem estar", comenta a psicóloga.

Nesse contexto emoções de medo e tristeza tendem a aparecer. "O medo está conectado à sensação de ameaça e à tristeza pelas perdas que vêm com o isolamento. O que muitas pessoas não sabem é que sentir medo e/ou ansiedade por muito tempo também é um caminho que pode levar à depressão. E que a tristeza que se prolonga vira desesperança – a emoção básica de alguém deprimido", relata Patrícia.

A psicóloga explica que esses sentimentos podem ser um princípio de depressão que, se agravado, pode levar ao suicídio. "A depressão começa de um jeito muito sutil, que vai crescendo, crescendo, até que viver não vale mais a pena", explica ela.

Falar sobre este assunto, portanto, não é uma forma de despertar no outro algo que ele nem imaginava, mas sim aumentar a conscientização das pessoas, ajudando-as a identificarem sintomas iniciais de depressão, para, se for o caso, tratá-la desde o início, evitando que se torne algo mais sério. A seguir, Patrícia explica quais são os principais sinais de uma depressão.

ENTENDA QUAIS SÃO OS SINAIS DE DEPRESSÃO NAS CRIANÇAS E NOS ADULTOS

Todos nós, adultos e crianças, temos uma tríade no nosso funcionamento humano composta por: Emoções + Pensamento + Comportamentos. Esses três aspectos estão sempre conectados. Sempre que tiver uma emoção, terá um pensamento e um comportamento. Sempre que tiver um pensamento, tem um comportamento e uma emoção que vem junto e por diante.

Na depressão, se destacam as seguintes emoções: tristeza, desesperança, culpa e medo, que podem surgir quando perdemos um familiar, por exemplo, ou algo de que gostamos muito, por exemplo. Essas emoções levam a pensamentos de desânimo, de achar que a vida não tem graça e sentir até vontade de desaparecer, acreditando que ninguém perceberia nossa ausência – o que não é verdade. esses pensamentos, por sua vezes, estão ligados a comportamentos como:
ter preguiça de conversar com os outros
se isolar
não responder mensagens
não atender ligações telefônicas
falar que vai retornar depois e não retornar
evitar cuidados básicos como pular refeições, não trocar de roupa, ficar dias sem lavar o cabelo
passar mais tempo nas telas (para se desconectar do que está sentindo)
sentir alteração de apetite e sono para mais ou para menos
demandar um esforço maior para fazer algo que antes fazia sem esforço

Além disso, no caso das crianças, elas as crianças tendem a ficar mais inseguras e dependentes e a ter medos que antes não tinham. Algumas podem ficar apáticas, mas em outras pode parecer apenas que estão sem vontade de fazer as coisas.

A psicóloga explica que para identificar a depressão o principal é observar o todo – e não os aspectos em separado. "Não observe ou avalie apenas as emoções ou os comportamentos. Olhar o todo vai ajudar a perceber se existe algum sinal de que algo está errado, algum possível indicador da condição do suicídio", diz ela.

Fonte: https://www.metrojornal.com.br/
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