Suspeito foi preso em Campo Grande após denúncia de médico lesado. Rapaz não informou quantos receberam atestados falsos, afirma delegada.
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (19), em Campo Grande, um jovem de 19 anos suspeito de negociar atestados médicos. Ao G1, a delegada Ariene Murad Cury, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes de Defraudações e Falsificações (Dedfaz), disse que o homem prestou depoimento e informou que o crime garantia a ele uma "renda extra".
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| Atestados eram vendidos por valores entre R$ 20 e R$ 45 (Foto: Alysson Maruyama / TV Morena) |
"Nossas investigações apontam que ele cobrava entre R$ 20 e R$ 45 por atestado emitido. E foi o próprio médico lesado quem veio à delegacia fazer a denúncia, assim que descobriu a fraude. O documento inclusive estava com o carimbo médico e assinaturas falsas”, afirmou a delegada.
Em um das empresas em que os funcionários apresentaram o documento, conforme Ariene, o atestado médico estava com as mesmas datas e período. O jovem então foi identificado, prestou depoimento e confessou a fraude.
Ele garantiu que a matriz de receituário é da rede pública de saúde e que fez diversas cópias do receituário. Também mandou confeccionar os carimbos médicos em empresas da capital sul-mato-grossense.
O suspeito não soube contabilizar para quantas pessoas teria fornecido atestados falsos, de acordo com a titular da Dedfaz.
"O supermercado e a empresa de TV a cabo também desconfiaram da autenticidade do documento. Nós conseguimos, com um juiz da vara criminal, um mandado de busca e apreensão. O suspeito então foi detido em posse dos atestados falsos", comentou a delegada.
Sem antecedentes criminais, o suspeito foi indiciado por falsificação de documento público. Já as pessoas que compraram os atestados responderão por uso de documento falso. A pena em ambos os casos é de reclusão de 2 a 6 anos, além da multa. Todos respondem o inquérito em liberdade.
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| Material apreendido com suspeito de vender atestados falsos (Foto: Alysson Maruyama / TV Morena) |
Do G1 MS
Fonte: Graziela Rezende


