Depois de o presidente da Imperatriz Corumbaense, Clemilson Medina, ter comunicado que a escola não desfilaria por causa de dívida, a agremiação entrou na avenida para homenagear o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que assistiu do camarote, longe do senador Delcídio do Amaral (PT).
O petista tem apoiado o prefeito da Capital principalmente na articulação política. No início do ano, participou de uma reunião com os vereadores para aumentar a base de sustentação de Bernal na Câmara Municipal.
Apesar da proximidade de Delcídio e Bernal, no domingo, durante o desfile da escola de samba que homenageou o prefeito da Capital, os dois apareceram bem distantes. De um lado, o prefeito que parece estar sozinho e do outro o senador acompanhado do presidente regional do PT e prefeito de Corumbá, Paulo Duarte.
O desfile da escola, pelo Grupo de Acesso, quase foi suspenso por causa de uma dívida de R$ 8 mil reais com integrantes que não teria como saldar. O homenageado não contribuiu financeiramente. Segundo o carnavalesco Jonílson Magalhães, desde o início das conversas com o prefeito de Campo Grande afirmou que não teria condições de ajudar financeiramente a escola.
Desfile
A trajetória do corumbaense Alcides Bernal foi o tema do desfile da Imperatriz Corumbaense com o enredo “Alcides Bernal, das ondas do rádio à legislação, filho de Corumbá, brilha na cidade Morena, Pantanal e região”. Distribuídos em 12 alas, os 500 componentes contaram a escalada do advogado e radialista, filho de paraguaia, que ascendeu na política sul-mato-grossense a partir da prestação de serviço e utilidade pública no rádio com uma parcela vulnerável da sociedade.
Logo no carro abre-alas veio a representação da terra natal do político. As raízes paraguaias vieram representadas pela comissão de frente em que seus 10 componentes simbolizavam “Recuerdos Paraguaios”.
A infância foi retratada nas alas Pipas pelo ar, que lembrava uma das brincadeiras favoritas do menino Bernal. Os 60 da bateria foram os Bichos Papões da Vida, responsáveis pela transição para o mundo adulto. Ao mesmo tempo que representava os pesadelos e medos de infância, simbolizavam os obstáculos que teria de enfrentar e vencer no futuro. Destaque para a rainha da bateria, Cecília Sant'Ana, que foi reverenciada pelos seus ritmistas.
Os quatro carros alegóricos exaltaram momentos marcantes do prefeito campo-grandense. Além da representação da origem paraguaia, as alegorias ainda apresentaram a relação com a Justiça; com os amigos do rádio e a encantadora Morena, numa referência a relação que ele tem com a maior cidade do Estado.
Foram contados ainda pela Imperatriz, terceira escola da noite, a formatura em Direito, o início no rádio, a paixão pelo Corinthians e seu encantamento por Campo Grande, cidade onde construiu sua trajetória política e que administra atualmente.
Fonte - midiamax
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Juliene Katayama