Oitivas serão retomadas às 13h30 (de MS), diz juiz.
Acusados participaram de parte da audiência no período da manhã.
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Suspeitos chegaram ao Fórum de Campo Grande
escoltados pela PM (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS)
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O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, suspendeu, por duas horas, a audiência em que estão sendo ouvidas as testemunhas de acusação da morte do delegado aposentado Paulo Magalhães. As oitivas começaram por volta das 8h30 desta quinta-feira (21) e foram até as 11h30. Onze pessoas foram ouvidas no período da manhã.
Segundo Santos, a audiência será retomada às 13h30. Outras seis testemunhas devem prestar depoimento no período da tarde. A previsão era que 20 pessoas fossem ouvidas, mas três não compareceram para depor.
As testemunhas foram ouvidas pelo promotor de justiça Humberto Lapa Ferri, e pelos advogados de defesa dois dois réus. "Cada testemunha trata de uma situação específica do processo. O depoimento delas, conjuntamente, provam a participação dos réus no crime", avaliou o promotor.
Em relação as pessoas que faltaram, o promotor disse que ainda vai decidir se elas serão substituídas ou se serão ouvidas na próxima audiência.
Os acusados, que permanecem presos, o guarda municipal José Moreira Freires, de 40 anos, e o segurança Antônio Benitez Cristaldo, de 37 anos, participaram de parte da audiência.
O advogado de Freires, René Siufi, afirmou que os depoimentos não comprovam a participação do guarda municipal no crime. "Não há provas concretas", defendeu.
Ele informou ainda que na terça-feira (19/11) entrou com um pedido de habenas corpus no Tribunal de Justiça e aguarda o julgamento.
O advogado de Cristaldo, Givanildo de Paula, disse que o segurança nega que tenha cometido o crime. "As testemunhas apenas reforçaram a linha de investigação da polícia. A participação dele na morte não foi comprovada", disse.
No total, foram arroladas 52 testemunhas. As outras 32 testemunhas, de defesa, devem ser ouvidas em outras duas audiências, marcadas para os dias 12 e 18 de dezembro.
O crime
Paulo Magalhães, 57 anos, foi executado com seis tiros quase em frente à escola onde a filha dele estuda. Ele buscava a menina quando foi atingido.
Segundo a polícia, o crime foi cometido por dois homens em cima de uma moto. O garupa teria sido o autor dos disparos. Advogado e professor universitário, Magalhães era também presidente da Organização Não-Governamental (ONG) Brasil Verdade, criada por ele para denunciar casos de corrupção e irregularidades na administração pública.
Do G1 MS
Por: Tatiane Queiroz