Polícia interroga testemunhas sobre morte menino em lixão de MS - Jornal Correio MS

LEIA TAMBÉM

Home Top Ad

10/01/2012

Polícia interroga testemunhas sobre morte menino em lixão de MS

Entre os interrogados, testemunhas da morte e familiares de Maikon Corrêa.
Guarda Municipal intensificou fiscalização no lixão após incidente.

Agentes da Guarda Municipal no lixão
(Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)
A Polícia Civil começou a ouvir nesta segunda-feira (9) familiares e testemunhas do menino Maikon Corrêa de Andrade, de 10 anos, que morreu após ser soterrado por uma montanha de lixo no aterro sanitário de Campo Grande, no dia 28 de dezembro.

De acordo com o delegado Jairo Carlos Mendes, os catadores de lixo que estavam no local no momento do acidente também serão ouvidos.

Maikon brincava com um amigo de 11 anos no local, quando parte da montanha de lixo cedeu. O outro menino conseguiu escapar. A busca pelo corpo de Maikon durou cerca de vinte horas.

Fiscalização
Por conta do acidente, a prefeitura de Campo Grande intensificou a fiscalização no local. Durante todo o dia, agentes da Guarda Municipal trabalham no lixão. Caso menores de 18 anos sejam encontrados no aterro serão encaminhados à Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente).

A equipe do G1 acompanhou o trabalho dos agentes na manhã desta segunda-feira e flagrou uma catadora com aproximadamente 50 quilos de carne que foram jogados no lixão.

O alimento estava em embalagens de plástico à vácuo. Além de cortes de carne, a catadora também encontrou salsichas, linguiças e latas cheias de refrigerante e cerveja. Diversas moscas se aglomeraram sobre as embalagens.

A catadora, que preferiu não ter o seu nome divulgado, disse que os alimentos não estavam com a data de validade vencida e, por isso, seriam consumidos pela família de aproximadamente dez pessoas. “Tem picanha, cupim e linguiça, vou fazer um churrasco quando chegar em casa”, brincou ela.

O chefe interino do departamento de fiscalização de alimentos da Vigilância Sanitária de Campo Grande, Leonardo Azambuja Jacarandá, enfatizou que os alimentos são descartados quando estão impróprios para o consumo por algum motivo. “Por isso, alimentos nessas condições não devem ser consumidos nem por pessoas e nem por animais domésticos”.

Segundo Jacarandá, o material, antes de ser descartado, deve ser descaracterizado, ou seja, embalagem rasgada e conteúdo misturado a outros tipos de lixo.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Grande, o aterro sanitário é o destino de todo o lixo considerado “orgânico” produzido nas residências e estabelecimentos comerciais da cidade, o que inclui alimentos.
Vigilância recomenda que carne seja misturada a outros lixos antes de ser descartada
(Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)


Do G1 MS