Audiência discute risco de armazenar remédios em casa - Jornal Correio MS

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17/05/2011

Audiência discute risco de armazenar remédios em casa


Evento também vai debater políticas de descarte de remédios
A Audiência Pública “Medicamentos nas Residências, uma arma contra o cidadão e um risco para o meio ambiente”.será realizada no próximo dia 18.05, às 14h, para discutir a criação destes pontos em todo o Mato Grosso do Sul. Uma grande preocupação estabelecida mundialmente é o destino adequado dos resíduos gerados em saúde e quando se fala em medicamentos, é maior ainda, pois não há preocupação evidente por parte das autoridades governamentais e ou sanitárias no estabelecimento de uma logística de descarte que evite a poluição do meio ambiente.

Mais de 80% destes resíduos são gerados pelas residências que por não terem a opção correta de descarte, depositam estes medicamentos no lixo doméstico ou na rede de esgoto através de descarga sanitária ou pela pia. Ao serem colocados no lixo doméstico, podem ser utilizados inadequadamente por pessoas humildes que fazem a reciclagem do lixo e encontram estes produtos às vezes em embalagens intactas que pelo vencimento já estabelecido ou pelas condições de temperatura, umidade ou contaminação são considerados impróprios para o consumo sem falarmos na automedicação.

O medicamento quando depositado no lixo doméstico e encaminhado aos aterros sanitários comuns, acabam por contaminar o solo em que são depositados e por lixiviação atingem os mananciais de água.

De acordo com os pesquisadores, os resíduos dos fármacos anti-infecciosos acabam atingindo os recursos hídricos nas regiões urbanas ou nas áreas agrícolas, o que aumenta o risco do desenvolvimento de bactérias resistentes, além de eventuais impactos na biota aquática.

O estudo avaliou três classes de antibióticos (macrolídeos, quinolonas e sulfonamidas) e o composto trimethoprim, em termos de presença na água na América do Norte, Europa e Ásia, identificando altas concentrações destes fármacos em águas residuais brutas, em comparação com águas residuais tratadas.

Os pesquisadores identificaram a contaminação de rios, lagos, estuários, bacias e até nas águas costeiras, o que pode ser um indicativo da crescente resistência microbiana aos antibióticos, antimicrobianos e antifúngicos.

Também identificaram uma crescente contaminação das águas residuais em decorrência da utilização agropecuária destes medicamentos. Isto pode ser especialmente perigoso nos países em desenvolvimento, com sistemas de coleta e tratamento de esgotos precários e sem sistemas eficientes e seguros para tratamento de água para consumo humano e animal, efetivamente preparados para eliminar a presença de fármacos e outros contaminantes.

Fonte: conjunturaonline