Professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande decidiram, na manhã desta segunda-feira (3), iniciar greve a partir da próxima quinta-feira (6). A categoria rejeita proposta da Prefeitura em relação ao cumprimento da chamada Lei do Piso.
A proposta da Prefeitura era para os profissionais aguardarem que o município consiga, junto à Águas Guariroba, antecipação de recursos do contrato de outorga onerosa. Assim, a expectativa era de que o reajuste salarial começasse a ser pagos entre o fim de novembro e início de dezembro.
Com a rejeição da oferta, os professores, reunidos na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), estudavam que medidas tomar. Conforme advogados da entidade, uma delas seria acionar a Justiça e tentar, via liminar, obrigar o município a pagar o reajuste.
A outra possibilidade é iniciar uma greve. Esta possibilidade foi acatada pela maioria durante votação – na prática, a paralisação começa na quinta porque são necessárias 48 horas para comunicar o movimento a diretores de escolas e pais de alunos, por exemplo.
Para atender a Lei do Piso, a Prefeitura precisa reajustar o salário-base dos professores em 8,46% e, conforme promessa feita pelo próprio prefeito, Gilmar Olarte, em maio, o pagamento seria feito até o fim deste ano.
“Essa proposta é colocar melzinho na boca dos professores inteligentes. Vai chegar dezembro e, se ele não pagar, não poderemos entrar em greve. Somos inteligentes, sim, e por isso não vamos aceitar essa proposta”, disse Rosana Machado, uma das representantes sindicais na reunião desta manhã.
A frase dela é uma alusão a declaração anterior, dada por Olarte, de que os professores não fariam greve porque “são inteligentes”. “Não somos Casas Bahia para receber daqui 30 dias”, emendou uma colega sindicalista.
Fonte: Midiamax
Por;Waldemar Gonçalves e Mayara Bueno
Foto: Minamar Júnior